Introjetanto a alimentação
- Equipe Mov3s
- 25 de set. de 2018
- 2 min de leitura

Sabe aquela velha frase "você é o que você come"? Pois é... eu não concordo com ela... Eu prefiro dizer que "você é tudo aquilo que você introjeta".
Mas por quê? O que é isso e qual a diferença?
Vou explicar:
O termo introjetar é utilizado na psicologia e, segundo o Dicio online significa "Internalizar; ocasionar a introjeção; fazer com que alguém absorva ou interiorize alguma coisa: introjetava os saberes que aprendia." A psicanalista Melanie Klein criou uma teoria em que estabelece acerca da relação do bebê com sua mãe, onde a mãe é percebida pela criança como o objeto seio materno.
Klein defende que a relação estabelecida pela mãe com seu filho fará com que ele a perceba como uma pessoa boa ou uma pessoa ruim (percebidos pela criança como seio bom e seio mau).
Explicando resumidamente esta teoria: A hora da amamentação, do aleitamento materno, vai muito além do fornecimento de nutrientes através do leite para a criança, nesse momento a mãe é capaz de transmitir afeto, atenção, cuidado... e, dependendo de como ela se comporta é a maneira como seu filho vai percebê-la. Dessa forma, se a mãe, ao amamentar, olha a criança no olho, canta para ela, faz carinho..., é bem provável que a relação estabelecida seja de confiança e amor. No entanto, se a mãe, nessa situação, está sempre com pressa, irritada ou até mesmo frustrada, a relação mãe/filho pode ser uma relação distante, de insegurança, sem muito afeto. Relacionando tudo isso com a alimentação no "Mundo adulto":
Desde nossas primeiras alimentações, de acordo com o explicado acima, colocamos para dentro muito mais do que o alimento ou os nutrientes trazidos por ele, nos alimentamos também de sentimentos, emoções...
Sendo assim, se, no momento que decidimos nos alimentar de forma saudável, ou ter um estilo de vida mais saudável, por exemplo, pensarmos que TEMOS que comer comida saudável SÓ porque precisamos emagrecer, ou por TERMOS que melhorar a saúde, pode nos trazer sensações desagradáveis a serem introjetadas e fazer com que essa nova rotina seja pesada e mais difícil de seguir adiante, não é mesmo?
Agora, se entendermos que tudo isso pode ser muito bom, e se conseguirmos adicionar pensamentos mais positivos a um estilo de vida mais saudável, como, por exemplo, que aquela alface ou aquele grão que o médico, o nutricionista, pediu para serem inseridos no cotidiano, podem ser muito saborosos e principalmente benéficos para a saúde, e com isso, passamos a olhar para eles com bons olhos... essa alimentação pode se transformar em prazerosa e até apetitosa, e assim, pode ser que um estilo de vida mais saudável possa ter outro significado em nossas vidas!
Obs.: a introjeção não está relacionada apenas aos momentos de alimentação, mas também para experiências, vivências... leva em consideração tudo o que "colocamos para dentro" de nossos corpos e mentes.

25 de setembro de 2018
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